A famosa cadeia de supermercados holandesa Albert Heijn, que pertence ao grupo Ahold Delhaize, implementou no final do ano passado um supermercado baseado na economia circular na cidade de Gouda. Este supermercado é um projeto-piloto que tem como objetivo servir de teste para abrir outros estabelecimentos semelhantes nos próximos anos. O ambicioso objetivo estratégico da empresa é que os seus cerca de 1 000 supermercados sejam completamente neutros em emissões de dióxido de carbono no ano de 2025.
A economia circular baseia-se em obter a produtividade máxima dos recursos. Para a construção deste novo estabelecimento e o design dos estacionamentos e do meio circundante, a cadeia de supermercados Albert Heijn apostou na utilização de materiais de construção reciclados. Elementos como o betão, o pavimento, o aço, a rede de esgotos e o revestimento de fachadas encontram aqui uma nova utilização que certamente não será a última.
Também foram reutilizados vários elementos interiores, como o sistema de iluminação ou o revestimento dos solos, dos tetos e dos suportes para mangueiras para combate a incêndios. Os móveis de refrigeração e as zonas de leitura automática também foram recuperados, tudo isto graças a uma equipa especialmente dedicada à seleção de materiais e produtos reciclados que ficou encarregue da procura e seleção.
O edifício e os elementos interiores foram desenhados para serem recuperados no final do ciclo de utilização. A estrutura, os tetos, os revestimentos e os equipamentos podem ser recuperados e reutilizados no futuro.
Há algum tempo que a Asociación de Cadenas Españolas de Supermercados (ACES) tem como objetivo a sustentabilidade do meio ambiente e tem como foco a aplicação da economia circular.
Numas jornadas realizadas em 2016 nas quais foi abordada a questão dos supermercados e da economia circular, foi salientado o esforço realizado pelas cadeias de distribuição na prevenção de resíduos e, sobretudo, na sensibilização para o desperdício alimentar. Continuam a aplicar medidas como a aposta na eficiência energética do setor, quer na distribuição quer no transporte, e nas melhorias tecnológicas nos supermercados.
Esperemos que a consciencialização para a importância do design dos espaços que tem em conta a produtividade dos recursos chegue rapidamente ao contexto local. Desenhar espaços com materiais saudáveis e perpetuamente recicláveis.